sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Bem, depois de long long time sem postar, cá estou eu de volta pra deixar as três pessoas que frequentam este blog a par das novidades acumuladas.


Por onde começar?

Well, depois do último post, eu e Lúcia já estivemos em Soledade mais três vezes até então, completando assim, um mês desde o início da missão. E particularmente acho que estamos dando conta do serviço direitinho, afinal, essa etapa inicial de coleta de dados/informantes não é a coisa mais simples do mundo de fazer, porque, embora encontremos inúmeras pessoas dispostas nos ajudar, tem também muita gente “osso duro de roer” que não nos dá um centavo de moral, mas isso são apenas detalhes. No geral a galera é bem receptiva. Ainda mais agora que temos um contato bem influente à nossa disposição. Roberto. Roberto é jovem que conhece somente todos os moradores da cidade, então tendo ele como mediador, nosso contato com a população fica bem mais acessível.

Acho que em breve começamos com as gravações. É pensar nas perguntas e botar esse povo pra falar.

No mais, continuamos com as nossas reuniões de leitura normalmente. Demos conta do capítulo 8 do Padrões Sociolinguísticos, e começamos a ler Fundamentos empíricos para uma teoria da Mudança Linguística, de Weinreich, Labov e Herzog. E desse modo a gente vai “adelante”.

Por hoje é só.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Voltando com muitos babados pra contar...

Como eu havia dito semana passada, a reunião de ontem foi substituída pela ida à Soledade, pra que fosse dado início a etapa censo do trabalho.

Pois bem, ontem fomos eu e Lúcia, que por sorte já conhecia um monte de gente lá na comunidade.


Tendo saído daqui às seis e meia da manhã, conseguimos chegar lá umas oito e pouco, porque embora seja uma viagem tranquila, e perto, o ônibus para umas milhares de vezes no caminho, por isso a demora.


Então, chegamos. E agora? Sobe ou desce? A gente começa desse lado ou desse? Completamente sem rumo, fomos à casa da primeira conhecida de Lúcia. Pra minha não surpresa, a senhorinha juntamente com suas filhas simpáticas nos obrigou a tomar café com bolo. Tá certo que eu não queria e muito menos tava com fome, mas aceitei pra não fazer feio.

Pelo menos eu sei que fome nessa cidade a gente não passa. Tomamos café duas vezes e ainda almoçamos de graça!

Sim... Depois de entrevistar logo três na casa da senhora, partimos em busca de mais informantes que elas mesmas indicaram... O homem do mercadinho, a mulher da esquina, a vendedora da loja, o menino que tava no meio da rua, o casal de velhinhos que a gente entrou na casa e que queriam nos contar a história da vida deles todinha... E assim um ia indicando o outro... Enfim, ao todo foram 27 informantes. Aparentemente pouco, mas que deu uma trabalheira enorme.

Eu sei que, entre bronzeadas do sol e 40º, e cansadas de passar o dia andando, salvamo-nos todas.

A parte ruim dessa história tenho que confessar, é o banzo que bate depois do almoço, principalmente quando você termina de almoçar e as donas da casa dizem: querem se deitar um pouquinho não? Pô, querer a gente até quer, mas se eu deitar eu não levanto mais! É melhor colocar logo o pé na rua e não perder tempo.

Já estamos prontas pra próxima, dessa vez com um pouco mais de experiência.



Obs: Sinto que estou esquecendo de contar algumas coisas, mas o básico é isso mesmo, o resto são detalhes que a gente conta ao vivo :D

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Depois de dias sem aparecer por aqui, eis que retorno cheia de novidades...

Após três quartas feiras de reuniões na tentativa de desvendar o tão denso capítulo oito do livro Padrões Sociolinguisticos, de Labov, intitulado “O estudo da língua em seu contexto social”, conseguimos hoje dar um avanço na leitura, o que nos permitiu ir adiante, e começar a pensar nos planos para a pesquisa de campo.

O que havia sido pensado inicialmente e achávamos que não daria certo, deu! Conseguimos financiamento pra realizar nossa pesquisa fora da cidade, o que particularmente acredito que, apesar de ser um trabalho ‘braçal’, que exija maiores esforços, será bem emocionante e prazeroso de realizar, além de que as variações lingüísticas serão bem mais perceptíveis na fala do pessoal do interior, do que aqui em Campina. Então quarta feira partimos pra Soledade afim de averiguar como as coisas funcionam por lá e ter o primeiro contato com a comunidade. A essa primeira etapa daremos o nome de etapa censo.

Com a quantidade de informantes já definida, vamos com formulários em mãos, fazer entrevistas rápidas com o maior número de pessoas que conseguirmos, para que posteriormente, voltemos para uma entrevista definitiva, apenas com as pessoas que julgarmos atender nosso objetivo.

Portanto, próxima semana voltarei com as novidades e com um balanço geral de como foi o primeiro dia em busca dos informantes.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sobre as primeiras impressões

Diz o ditado que a primeira impressão é a que fica, e tendo sido hoje a nossa primeira reunião de estudos de fato, a impressão que eu tenho é que a partir de agora, as Quartas-Feiras terão muito mais valia, e que eu, Camila, juntamente com a professora Dra. Hebe Macedo de Carvalho e das colegas Lúcia e Maraísa, teremos uma intensa jornada de leituras e trabalhos a serem realizados de hoje em diante.
Pelo fato de eu estar dando meus primeiros passos na pesquisa sociolinguística, ficou estabelecido que eu ficaria responsável pela leitura e explanação do livro A pesquisa sociolinguística de Fernando Tarallo, e assim foi feito. Leitura bastante válida pra quem assim como eu, começa a ingressar na área e almeja tornar-se um pesquisador em potencial, ou simplesmente para aqueles que tem interesse na compreensão da língua em seu processo sincrônico e diacrônico - princípios estes que sem os quais fica impossível compreender e sistematizar a língua.

Para fazer o Download do roteiro de estudo do livro
A pesquisa sociolinguística Clique Aqui